A pandemia de COVID-19 numa época de rápida disseminação de informação, nem sempre provinda de fontes fidedignas, trouxe consigo vários mitos. Com este artigo, pretendemos responder às perguntas mais frequentes dos nossos clientes e também explicar e contextualizar algumas afirmações que têm circulado acerca da doença.
Uma grávida com COVID-19 tem de ser sujeita a uma cesariana.
Mito. Segundo a OMS, ser-se portador do vírus da COVID-19 não é motivo para que a mulher grávida tenha de ter o parto por cesariana.
A COVID-19 só afeta os mais velhos.
Mito. A COVID-19 pode atingir pessoas de qualquer idade. As pessoas idosas pertencem sim a um grupo de risco, ou seja, podem estar sujeitas a desenvolver complicações mais graves, nomeadamente complicações respiratórias, do que faixas etárias mais jovens.
A vacina da gripe também dá alguma imunidade à COVID-19.
Mito. A vacina da gripe apenas protege o organismo de algumas variantes do vírus da gripe, o vírus Influenza. Como tal, não oferece imunidade aos coronavírus, nomeadamente, àquele que provoca a COVID-19 (o SARS-CoV-2).
Após sermos infetados pelo novo coronavírus, ficamos imunes.
Não se sabe quanto tempo poderá durar um possível estado de imunidade, sendo que estão descritos alguns casos de novas infeções provocadas pela COVID-19. O estudo realizado pela Universidade de Oxford, em 12.080 voluntários que foram testados regularmente entre abril e novembro, revela que as pessoas contagiadas com o novo coronavírus ficam menos suscetíveis a serem novamente infetadas durante os 6 meses seguintes. Contudo, existem diferentes estudos com distintas conclusões sobre imunidade. Um estudo realizado pelo Imperial College de Londres e pelo instituto Ipsos Mori mostrou que a imunidade adquirida diminui “bastante rapidamente”, em questão de meses, especialmente quando se trata de pessoas assintomáticas. Já um estudo orientado pelo La Jolla Institute of Immunology demonstra que, oito meses após a infeção, a maioria das pessoas que recuperou ainda tem anticorpos suficientes para afastar o vírus e prevenir a doença. Ou seja, continuar a acompanhar os resultados e a evolução destes estudos é a única forma de obtermos uma resposta mais conclusiva acerca da duração da imunidade à Covid-19.
O novo coronavírus propaga-se pelo ar.
Mito. O vírus transmite-se através de gotículas libertadas pelo nariz ou boca. Portanto, o contágio pode acontecer por meio do contacto próximo com pessoas infetadas, superfícies e/ou objetos contaminados.
É possível ter COVID-19 e não ter quaisquer sintomas.
Sim, há pessoas infetadas com COVID-19 e que não manifestam quaisquer sintomas, permanecendo assintomáticas. Esse é um dos desafios colocados pelo vírus, já que mesmo que se sinta bem pode estar contaminado e, por isso, ser um agente de contágio.
Os antibióticos são eficazes na prevenção e no tratamento da COVID-19.
Mito. Os antibióticos funcionam apenas contra bactérias e não contra vírus. É um vírus que causa a covid-19, por isso os antibióticos não são solução.