A Covid-19 tem trazido o tema da saúde mental para a ordem do dia. A verdade é que aos efeitos negativos mais óbvios desta pandemia, como a lamentável perda de vidas, o adoecimento, a perda de emprego e as dificuldades financeiras, soma-se a ansiedade, a depressão e o stress.
Estes problemas não são novos, mas têm sido agravados pela crise de saúde pública. Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, já afirmou, em entrevista à SIC, que “A saúde mental vai ser a grande pandemia deste século” salientando a necessidade de investir no plano nacional de saúde mental. Trata-se de um investimento que nunca foi tão importante e que pode significa um enorme retorno para os recursos humanos da empresa.
Com a adaptação a uma nova realidade de trabalho, surge a necessidade de acompanhamento por parte de empresas e entidades patronais. É importante que estas organizações disponibilizem consultas clínicas, dinamizem a avaliação de riscos psicossociais e ajudem os colaboradores na gestão de stress. Trata-se de um investimento que nunca foi tão importante e que pode significar um enorme retorno a nível de manutenção de recursos humanos.
Com o inconveniente da deslocação ou a preocupação com a aproximação social, surgem soluções de medicina à distância e consultas online. Estas respostas vêm remover alguns receios e acrescentar facilidade de acesso e conforto a uma consulta de psicologia.
Às respostas que se querem macro e integradas, podem somar-se outras estratégias pessoais para lidar com as emoções negativas. Um estudo publicado no Journal of Gerontology: Psychological Sciences descobriu que a informação, neste caso, pode mesmo significar poder para lidar com a pandemia. Isto porque os inquiridos que conseguiram responder a mais perguntas corretamente sobre o novo coronavírus também apresentaram níveis mais baixos de stress.