Transtorno Bipolar: o que é, sintomas e como lidar

O transtorno bipolar é um transtorno mental caracterizado por mudanças extremas de humor, energia e níveis de atividade. Não tem cura, mas existem alguns sinais aos quais podemos estar atentos, de forma a detetar o transtorno mais cedo e algumas medidas que as empresas podem adotar.

Neste artigo, explicamos:

  • O que é o Transtorno Bipolar;

  • Quais os sintomas;

  • Que medidas podem as empresas adotar para ajudar os trabalhadores;

  • Dicas para as pessoas que têm um amigo ou familiar com este transtorno.

Quais os sintomas?

As pessoas com transtorno bipolar experimentam períodos de mania (ou hipomania) e depressão.

Os sintomas durante os episódios maníacos podem incluir:

  • Euforia ou irritabilidade intensa;

  • Aumento da energia e atividade;

  • Pensamento acelerado e fala rápida;

  • Impulsividade e comportamento de risco.

Os sintomas de depressão podem passar por:

  • Sentimentos persistentes de tristeza, ansiedade ou vazio;

  • Perda de interesse ou prazer em atividades anteriormente apreciadas;

  • Fadiga ou falta de energia;

  • Dificuldade em concentrar-se, lembrar-se ou tomar decisões;

  • Alterações no apetite ou no peso;

  • Ideação de suicídio.

Que medidas pode a empresa adotar para ajudar o trabalhador com transtorno bipolar?

O transtorno bipolar pode afetar significativamente a performance de um trabalhador. Durante os episódios maníacos, o indivíduo pode ser excessivamente impulsivo, distraído e propenso a tomar decisões precipitadas. Isso pode levar a comportamentos de risco que afetam negativamente o desempenho no trabalho e as relações interpessoais. Durante os episódios depressivos, a pessoa pode ter dificuldade em concentrar-se, cumprir prazos e de se envolver plenamente nas tarefas.

A empresa pode ajudar os funcionários com transtorno bipolar oferecendo um ambiente de trabalho solidário e flexível. Algumas medidas que podem ser úteis incluem:

  1. Educação e consciencialização: a empresa pode oferecer programas de consciencialização e formação para os trabalhadores entenderem melhor o transtorno bipolar e como este pode afetar os seus colegas de trabalho.

  2. Flexibilidade no horário de trabalho: permitir horários de trabalho flexíveis pode ajudar os funcionários a gerir melhor os seus sintomas e a lidar com consultas médicas ou terapia.

  3. Acesso a recursos de saúde mental: oferecer benefícios que incluam cobertura para tratamento de saúde mental, como terapia e medicamentos, pode ser fundamental para ajudar os trabalhadores a gerir o seu transtorno bipolar.

  4. Ambiente de trabalho favorável: criar um ambiente de trabalho que promova o bem-estar mental, com apoio social e políticas de trabalho saudáveis, pode ajudar os trabalhadores a lidar melhor com os desafios do transtorno bipolar.

  5. Plano de retorno ao trabalho: se um trabalhador precisar de um tempo afastado do trabalho devido a um episódio de saúde mental, a empresa pode desenvolver um plano estruturado para ajudá-lo a retornar ao trabalho de forma gradual e apoiada.

É importante que a empresa trate os funcionários com transtorno bipolar com empatia, compreensão e respeito, reconhecendo que eles têm habilidades valiosas para contribuir, mesmo que possam precisar de suporte adicional para gerir a sua saúde mental.

Dicas para quem lida com uma pessoa com transtorno bipolar

Se tem algum amigo ou familiar que lutam contra a doença, lembre-se que é importante:

  • Manter a calma e tentar comunicar-se de forma clara e direta.

  • Encorajar a pessoa a procurar ajuda profissional, se necessário, e a manter a adesão ao tratamento.

  • Ajudar a estabelecer limites saudáveis, evitando reforçar comportamentos impulsivos ou perigosos.

  • Oferecer suporte emocional e praticar a escuta ativa.

  • Manter-se atento a sinais de risco de comportamento suicida e procurar ajuda imediatamente, se necessário.

É importante lembrar que o transtorno bipolar é uma condição médica séria que requer tratamento especializado. Oferecer apoio e compreensão pode fazer uma grande diferença na vida de alguém que luta com esta doença.

Veja aqui o vídeo com a nossa psicóloga, Dr.ª Maria João Couto.

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